sábado, 2 de março de 2013

Espelhos Meus

Nem sempre somos tão nobres, tão excelsos e tão puros.
Todos os dias e meses acordava com o medo de ver nos outros uma resposta desadequada às minhas dúvidas. Sim, porque somos supostos sermos nós a ter os tais pensamentos catastróficos e a realidade a ser bem mais esperançosa e prometedora.
O palhaço que havia em mim e que muitas vezes saía em noites sem espectáculo, afinal fazia rir antes que os outros resolvessem apresentar uma linguagem corporal pouco recomendada como às vezes é a da verdade.
Recentemente li um livro que sobre uma criança com cancro. Ele contava como era divertido o hospital e toda a equipa que o seguia até que um dia o médico, os enfermeiros e os Pais passaram a apresentar caras fechadas e nunca mais sorriram. A partir desse dia o Hospital deixou de ter piada. Porquê?
Porque a partir de determinado momento já ninguém consegue brincar e é nessa precisa altura que se passa a falar a língua dos espelhos.
Espelhos meus, haverá alguém tão saudável como eu?

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