quarta-feira, 27 de setembro de 2017

TU e EU: Parte I

 Pressentia que partia desde logo em desvantagem." Eu" era aquela que precisava de muita ajuda e "ELE" aquele que na sua agenda tinha encontrado uma hora para me receber.
Parecia sério. Vamos lá ver se ELE a pode receber.
Consegui arranjar uma hora.
Não, ELE conseguiu arranjar-me uma hora,
Senti que me tinha conseguido enfiar num buraco
Assim pensava eu.
Além de partir atrás da zona de partida,   ELE sabia de mim  mais do que eu sabia dele  ( achava Eu aquela :Sra. Em Desvantagem

Não acreditava nada no que estava  a fazer. A sensação era: OK. vou fazer um favor em troca da ajuda que o meu amigo me deu.
Bom, dizia esse amigo: tens MESMO que ir ao psicólogo.. Conheço um.
Foi tipo: já estás num estado em que eu não posso fazer nada por ti. Só um profissional.
Ás vezes temos que fazer trocas. Algumas memórias das aulas de antrologia.
Fui mas sem antes dar um salto ao computador ver uma fotografia DELE.
Assim esta  surpresa estava controlada, julgava eu.
Detesto surpresas, principalmente de pessoas que vão olhar para mim tipo ratinho de laboratório.
Isso, sentia que ia ser dissecada.
TRimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm! Silêncio acompanhado pelo trinco da porta.
Boa tarde, sou  Eu venho para  ELE.
Primeiro registo: duas port para entrar na sala. Duas portas.
Durante dias este facto deu azo às minhas maiores fantasias sobre o porquê da sua necessidade.
Só podiam ser portas corta-fogo.😊
Se ELE soubesse isto, tínhamos que falar sobre o assunto...
Saí toda estropiada.  Sim, a minha cara parecia meia destruída.
Importante também ,pois me sentia uma  personagem de um filme do Woody Allen.
 Sempre havia um sofá e duas portas.
Um ponto a meu favor. Atriz!Afinal a vida não era sempre a perder.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Ma liberté!

E se tudo isto fosse um sonho?
Há anos que me debato com esta interrogação. Talvez seja  a fundamentação   mais metafíca sobre o que ando para aqui a fazer e da cadeia de acontecimentos que tem sido a minha vida.
Deus!
Cheguei a pensar que poderia acordar, cair da cama e continuar a viver em África.
Depois, veio o cancro e tornei a pensar que poderia ser um sonho.
Depois muitas e muitas outras situações em que me sentia numa realidade paralela.
Liberdade!
Talvez tenha sido a partir do dia em que alguém me disse: eleva-te e tenta fazer/obter um efeito  zoom da tua vida. Tudo como se estivesses a filmar a tua realidade. (pois ,esse é que é o problema. Que filmar? Cómico!)
 Estás a viver e poderás mexer os cordelinhos e os bonecos.
Sinceramente acho que tomei demasiado a sério este foco.
O efeito foi de zoom , mas gostei de lá ficar.
É como subirmos a uma árvore e ficarmos lá para sempre e nunca mais descer, ou como deitar-mo-nos na relva, ficarmos paradas (efeito mortos) e só as nuvens mudarem o cenário.
É como um anestesia forte, um cirurgia da qual não se pensa  regressar.
Já entraram para uma cirurgia e pensar : e se não regressar? É questão só nossa enquanto nos despedimos de toda a gente. Beijinhos, até já. Sim, esta trip vai correr bem.
Regresso: enjoos, vómitos. tubos, família e  um grande cartaz:

Olá, correu tudo bem. Gostamos muito de ti!!!!!

Tens dores? O médico disse  que correu tudo bem. Já te vem ver.

Bolas. deem-me morfina!

Mais vómitos...



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