Era mês de Julho. Final do dia. Aquela hora perigosa do final do dia. Uma faixa de tempo indefinido, em que não sabemos se ainda estamos ao abrigo do pôr-do-sol ou já protegidos pela noite.
Acabada de sair do hospital sentamo-nos num degrau de um predio antigo, eu e a minha amiga Rosario, e como que sem rumo vagueamos entre o surpreendente da notícia que tinhamos acabado de ouvir e a curiosidade de qualquer coisa já antecipada, tantas vezes já falada. Qualquer coisa que não estava bem. Tinha havido sinais, historias que ferem o corpo. Permitidas. Estava com um cancro.
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